Na vida, fomos ensinados por aqueles que já percorreram um determinado caminho a fazer aquilo que eles fizeram. Ou aquilo que eles não fizeram. Logo, por ser muito raro alguém sair de si, pondo suas próprias experiências e conceitos de lado para enxergar a realidade do próximo é que se diz: se conselho fosse bom, não se dava: se comprava.
Enquanto a tecnologia dá passos largos, o homem caminha timidamente no tocando a relacionamentos e respeito ao próximo. Há, por isso, uma enorme urgência em aprendermos – de uma vez por todas – que cada individuo é único e que não há duas vidas iguais. Isso se traduz em respeitar a escolha dos outros e, principalmente, não tentar impor aquilo que acreditamos ser certo, apoiados na certeza de que só existe uma maneira de fazer as coisas: a nossa!
Daí decorre a importância de não julgarmos o próximo, pois ao fazer isso, estamos nos impondo. E pior: tentando espremê-lo na nossa caixinha de idéias e noções sobre o mundo e a vida.
Com isso, perdem todos, claro. Mas perde, principalmente, aquele que quer espremer, pois, ao não exercer sua capacidade de enxergar além daquilo que se conhece, a nossa capacidade de compreensão se atrofia, pois como disse Albert Einstien: “A mente que se abre a uma nova idéia jamais retorna ao seu tamanho original”. E aquela que não se arrisca?
Não podemos esquecer, certamente, que o espremido também sofre graves consequências emocionais. Principalmente quando é obrigado a se encaixar nas noções dos pais, dos professores, de alguém que ama. Além das naturais inseguranças, acontece o pior: é um ser que deixa de ter liberdade para se explorar, pois tem negada a oportunidade de se autoconhecer, de exercitar sua vontade, de, enfim… ser livre!
Por isso, esta semana, sugiro que exercitemos a compreensão, o respeito ao próximo e evitemos o julgamento – a não imposição das nossas crenças ao próximo.
Lembrem-se: todos somos livres para fazer nossas próprias escolhas. Por isso, quando algo te incomodar, ao invés de criticar e julgar o outro, reflita simplesmente sobre a razão de tal incômodo. Talvez, ao olhar para si, você descubra que não tem nada a ver com o outro e aprenda mais sobre você.
Como disse Carl Jung: “Quem olha pra fora, sonha. Quem olha pra dentro desperta.” E ninguém quer continuar dormindo enquanto a vida passa…